segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Pimenta Bueno 2

    Chegamos a Vilhena.
    Luz mortiça. Por volta das 21h.
    Norte. Tudo novo. Vislumbre.
    Deslumbramento.
    Galpões enormes.
    Ponto de passagem de caminhoneiros.
    Já faz quase 30 anos. Vamos dormir aqui, sugeri.
    Mofa. Disse deitamos cedo, acordamos cedo.
    Discordaram. Seguimos. 40 km à frente.
    Estrada esburacada. Panelas.
    Que são buracos redondos no asfalto.
    De bairrada cortante. Função indicar.
    Buraco! Buraco! Buraco! Indicação.
    Toda hora um. Deveríamos ter ficado em Vilhena.
   100 por hora. Muito. 90 por hora. Não.
    Menos. Pouco. Aumenta/diminui.
    Buraco. Buraco. Avisa. Buraco.
    De repente. Estoura pneu. Não.
    Estouram pneus. Deveríamos ter ficado em Vilhena.
    Deus é bom. Logo que constatarmos que eram dois.
    Parou Toyota. Caminhãozinho.
    Pneu? Sim. Os dois. Sobe aqui.
    Providência divina. Dois foram.
    Eu e Nilson ficamos. Escuridão.
    Para carreta. Oferece ajuda. Solidariedade.
    Gratos.  Foram dois lá na cidade.
    Conversas sobre imensidão.
    Floresta de lado e outro da estrada.
    Caminhãozinho um bólido.
    Dois e mais dois pneus na carroçaria.
    Estrada fechada. Clareira aberta.
    Mesma velocidade louca.
    Talvez hora e pouco. Chegam os dois é os dois pneus.
     Retomados. Buraco. Buraco. Buraco.
     40 por hora. Está bom. 3,5 da manhã.
     Pimenta Bueno. Hotel com toalhinhas em forma de borboleta sobre a cama.
     Com cheiro de barata. Sono bom.
     Acordar tarde. Café tarde. Retornada do percurso.
     Até Rio Branco. Para chegar perto de 24h. 12h da noite como chamam.
     2h para quem chega. Fuso do primeiro domingo em terras acreanos.
     Agosto de 1993.

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